A marca Americanas passou por um momento conturbado em 2023, devido ao endividamento de mais R$42 bilhões, que a levou a procurar por saídas efetivas para o seu caso. A recuperação judicial foi a escolha seguida pela instituição após análise do cenário e verificação das ferramentas. Após alguns meses, a empresa teve o seu plano de recuperação aprovado e, neste início de 2024, obteve o aval de grande parte dos credores.
A fim de conter a fraude contábil e buscando cumprir todas as etapas do processo, a instituição organizou um plano (de negócios e pagamento) agrupando todos os estudos sobre o caso, assim como as respostas e medidas a serem implementadas para o solucionamento.
Destacamos os detalhes do plano, as atualizações sobre o caso e exemplos reais de outras empresas que recorreram às ferramentas para retomarem sua atuação no mercado.
Atualizações sobre o plano
A recuperação judicial é um instrumento do mercado criado para que as instituições em crise financeira encontrem melhores condições de pagamento e para que saiam da fase, evitando o processo de falência.
O pedido foi o primeiro passo tomado pela Americanas, em janeiro de 2023, empresa que atualmente é considerada a quarta maior do Brasil. Em dezembro do mesmo ano, o plano de recuperação judicial da Americanas foi aceito pela Assembleia Geral de Credores, por grande parte dos nomes (cerca de 1860 credores) interessados em receber o valor de volta.
O Banco Safra foi um dos últimos a aderir ao plano, tendo criticado alguns dos tópicos dispostos no documento.
Próximos passos
Para que uma instituição obtenha sucesso na operação é preciso que siga algumas etapas, sendo elas:
- Checagem dos pré-requisitos;
- Entrada do pedido;
- Pausa das cobranças por 180 dias;
- Análise do pedido pela Justiça;
- Escolha de um administrador judicial;
- Com a aprovação, há a criação de um plano de pagamento;
- Plano é analisado pelos credores e homologado pela Justiça;
- Com a aprovação de grande parte dos credores, há a aplicação dos pontos.
Dessa forma, a partir da homologação a instituição terá o prazo de dois anos para colocar todo o planejamento em prática e realizar o pagamento (com condições favoráveis aos envolvidos).
Diante da instabilidade do mercado, aumento dos juros e da dificuldade financeira percebida pelas empresas, muitas têm seguido o mesmo caminho escolhido pela Americanas.
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Recuperação extrajudicial e suporte de especialistas
A recuperação extrajudicial e os pedidos também têm crescido, levando as instituições a realizarem acordos com os credores, fora dos ambientes judiciais, e solucionarem as crises financeiras.
Um exemplo de caso atual é o vivenciado pelo time Botafogo de Futebol e Regatas que ofereceu à Justiça um pedido de homologação do seu plano atual de recuperação extrajudicial. A decisão foi tomada após o clube se deparar com a dívida de R$405 milhões que possuía com os credores (TAM, Telefônica Vivo e outros).
Seguindo a mesma premissa, o clube Figueirense também recorreu ao dispositivo, teve seu pedido anulado em fevereiro e conseguiu suspender a anulação no final de 2023, sendo possível que se mantenha financeiramente antes de um novo julgamento.
Ainda que seja caracterizado como um processo menos burocrático, quando comparado com o judicial, deve ser organizado com a ajuda de operadores do direito ou especialistas da área.
A Recuperação Brasil atua com consultorias personalizadas a fim de escutar as dores dos clientes e propor as soluções adequadas para cada caso. Além da recuperação judicial e todo o auxílio para que se suceda positivamente, o time especializado ainda oferece outros serviços, a exemplo da gestão de fluxo de caixa, recuperação de crédito e sucessão familiar.
Através do site oficial é possível conhecer mais sobre a consultoria, assim como tirar as possíveis dúvidas sobre o processo de recuperação judicial e extrajudicial.