Empresários conseguem se reestruturar pós-pandemia com a recuperação empresarial

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Empresários conseguem se reestruturar pós-pandemia com a recuperação empresarial

Somente em abril de 2022 foram mais de 6,1 milhões de instituições consideradas inadimplentes, de acordo com o levantamento da Serasa Experian, um número somente visto em junho de 2020. A categoria que sofreu mais com os impactos foi o de serviços, sendo 52,5% do total. Entre os motivos para esse aumento estão o nível de desemprego e a falta de equilíbrio econômico.

Uma outra pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) revelou que 69% dos restaurantes e bares possuem pagamentos a serem feitos aos bancos e cerca de 13,6% dos valores de gastos mensais destes estabelecimentos são de empréstimos.

De acordo com Felipe Granito, advogado focado em recuperação empresarial, “uma vez sem conseguir cumprir compromissos, muitas empresas recorrem aos bancos, e os juros acabam criando uma bola de neve, com juros sobre juros que tornam os pagamentos insustentáveis”.

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Além disso, ficou comprovado que a área de serviços e varejo configura com 80% dos empresários que vão atrás de saídas para melhorar seus negócios. “É importante que se busque o auxílio enquanto ainda é possível a recuperação, sem que seja necessário chegar a medidas mais drásticas, como a recuperação judicial, um procedimento jurídico mais complexo e que dificilmente tem resultado positivo”, revela o advogado.

O Restaurante Aulus passou por essa situação, sendo levados a fazer entregas, o que mesmo assim não foi suficiente para a melhora da situação. Consequentemente, os donos foram levar a pegar empréstimos dobrando assim a dívida. Segundo o administrador do estabelecimento, Alexandre Cocholice, “com essa situação, desde o início da pandemia, o pensamento de não reabrir foi constante. Hoje, estamos com o salão aberto novamente depois de dois anos fechado. Isso só foi possível com a renegociação das dívidas com bancos, fornecedores e também com os mais de 50 funcionários que tivemos que dispensar”.

Sobre o caso, Granito relata que a saída escolhida de renegociação da dívida ajuda consideravelmente no valor dos débitos. “Temos conseguido uma média de mais de 90% de desconto nas dívidas que negociamos. Desde o início da pandemia, atendemos mais de 100 clientes, e todos conseguiram se recuperar”, relata. Hoje a dívida foi 88% paga depois do recurso.

Ele reforça ainda que “as instituições financeiras utilizam indevidamente o crédito rotativo da empresa para quitar parcelas em débito automático. Com isso, a dívida só aumenta. Esse tipo de cobrança tem sido reconhecido como ilícito pelo judiciário.”

Fonte: Band

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